Origem
Bode Gaiato é uma fanpage criada em 2013 por um pernambucano de Caruaru, o estudante de engenharia elétrica Bruno Melo, cujo conteúdo apresenta situações cotidianas apresentadas de forma bem humorada por um bode nordestino. Com uma pegada aproximada da fanpage cearense “Suricate Seboso", a página apresenta referências à cultura e costumes do povo nordestino, sobretudo o pernambucano, de quem toma emprestadas expressões e formas de linguagem.
Difusão e Repercussão
Criada em janeiro de 2013 no Facebook, a página de forma descompromissada apresentou em sua primeira postagem, com expressões e humor típicos da região, o seguinte diálogo, no qual um dos personagens dizia ao outro: “Quer frescar, fresque, mas não fique frescando não". Somente no primeiro dia, a página alcançou dois mil novos seguidores.
Em menos de três meses, a página já contabilizava um milhão de seguidores, fazendo com Bruno viesse a interromper os estudo para se dedicar exclusivamente à sua criação. O autor cria conteúdos, monitora postagens e responde e-mails. O Bode Gaiato, hoje, conta mais mais de 7,5 milhões de seguidores, que também tem a oportunidade de acompanhar suas aventuras no Twitter, e Instagram, levando seu criador a conquistar os prêmios “PJB 2014 – Prêmio Jovem Brasileiro do Ano" (categoria internet) e “Top PE 2014", destaque do ano (na mesma categoria). Dada a popularidade da personagem, Bruno foi convidado a participar do revezamento da tocha olímpica dos jogos do Rio de Janeiro 2016 em sua cidade natal.
Gêneros e Formatos
Bode Gaiato apropria-se de algumas linguagens meméticas: das tradicionais Image Macros a paródias, contando em diversas imagens pequenas histórias do cotidiano nordestino através da família Gaiato, que conta com outras figuras além do personagem-título, como o patriarca Painho e o jovem Junim. Seu humor, de certa forma, aproxima da fanpage Suricate Seboso, surgida pouco antes; grande parte de suas imagens, entretanto, possuem um formato característico, onde o meme/história se desenvolve com a figura do bode e demais personagens – digitalmente criados como figuras antropomórficas – interagindo em um cenário composto por imagens do espaço sideral, ao fundo.