Origem
No dia 8 de abril de 2021, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou a instalação da chamada CPI da COVID, após pedidos dos senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru, ambos do Cidadania. Em seguida, no dia 14, o plenário do STF analisou a liminar concedida por Barroso, determinando a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito direcionada à investigação das ações do Governo Federal relacionadas à pandemia do novo coronavírus, além da conduta de governadores e prefeitos frente ao uso de recursos da União.
A comissão tem como presidente e vice, respectivamente, os senadores Omar Aziz (PSD- AM) e Randolfe Rodrigues (REDE- AP), além de Renan Calheiros (MDB- AL) como relator. Outros membros também podem ser citados, como Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério (DEM-RO) e Jorginho Mello (PL- SC), ambos da base governista e/ou mais próxima ao governo. Representando a oposição, além de alguns nomes declarados independentes, estão Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Otto Alencar (PSD- BA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Dessa forma, a Comissão vêm realizando longas sessões com diversos e relevantes nomes ao tratarmos da condução da pandemia no Brasil, como Luís Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos ex-ministros da Saúde durante o governo Bolsonaro, além do atual líder da pasta, Marcelo Queiroga. Um destes nomes convocado à CPI foi Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República. A justificativa para a convocatória se deu mediante à uma entrevista concedida por Wajngarten à Revista Veja, na qual o ex-secretário teria caracterizado a conduta do Ministério da Saúde frente à atual crise sanitária como “incompetente”.
Embora Wajngarten não seja considerado um nome tão popular ao observarmos a cena política nacional, seu depoimento à Comissão teve uma repercussão enorme, sobretudo, por diversos momentos de discussões, contradições e pedidos de prisão ao depoente. A situação ainda foi ao extremo com o comparecimento repentino do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que, mesmo sem ser um dos membros da CPI, demonstrou sua insatisfação mediante ao curso da Comissão, chamando, inclusive, o relator Renan Calheiros de “vagabundo”.
O xingamento veio após Calheiros defender a prisão de Wajngarten que, em diversos momentos, apresentou declarações contraditórias e evasivas, envolvendo tanto campanhas do governo quanto a declaração, dada à Revista Veja, sobre a incompetência do ex-Ministro Pazuello durante a pandemia. O clima tenso levou à realização de muitos comentários em plataformas sociais, como o Twitter, onde também muitos memes se proliferaram.
Difusão e repercussão
Grande parte dos memes observados circulou pelo Twitter, rede na qual a expressão “TEJE PRESO” entrou para os Trending Topics. Outros memes também circularam amplamente a partir das hashtags #CPIdaCOVID e #CPIdoCirco. Páginas como BuzzFeed Brasil e Sensacionalista compartilharam alguns memes que, por sua vez, foram noticiados também pelo veículo Poder 360 e pelo UOL.
Gêneros e formatos
Os memes foram diversos, contudo, alguns se destacaram. Dentre estes, muitas reações, tanto a partir de imagens estáticas quanto de GIFs, aos diferentes momentos do depoimento de Wajngarten. Este foi visto, nessa esteira, como entretenimento, sendo comparado por diversos memes ao reality show Big Brother Brasil.
Além disso, também circularam muitos memes em formato Exploitable, isto é, que apresentam uma sobreposição de imagens, sobretudo, defendendo o posicionamento do relator Renan Calheiros. O senador também protagonizou a circulação de outros memes, dessa vez, em formato Catchphrase, tendo em vista que, após defender e pedir a prisão do ex-secretário de comunicação, a frase “Teje Preso” viralizou nas plataformas sociais com o intuito de ironizar a situação, pedir a prisão de Wajngarten ou ainda criticar a atitude de Calheiros.