O “Occupy Wall Street” ocorreu em 2011 e foi um movimento de resistência nos Estados Unidos. Tinha como intenção protestar contra a desigualdade social e econômica presente no país (em decorrência, principalmente, do setor financeiro – que tem a famosa Wall Street como marca da Bolsa de Valores de Nova Iorque).
O movimento chamava os militantes para ocupar Wall Street e logo se espalhou pelos estados americanos, gerando, consequentemente, diversos memes. Os mais conhecidos foram o “We Are 99%” e seu contra-meme, o “I am 53%”.
“We are 99%”: O slogan é uma variação da frase “We are The 99%”, lançada em um flyer da Assembleia Geral de Nova Iorque em 2011 e que defendia uma melhor distribuição das riquezas. O slogan dizia que somente 1% da população americana controla quase todo o patrimônio financeiro do país, enquanto o resto dos habitantes se constituíam nos 99%.
Origem e formato:
O slogan se popularizou na internet, principalmente após a criação de um Tumblr com o mesmo nome. O meme trás um cidadão comum, que se considera parte dos 99%, segurando um papel com um pequeno texto contando sua história de dificuldade financeira e a frase “I am 99%”.
A mensagem, geralmente, traz uma história triste (como, por exemplo, de uma mãe solteira que luta para conseguir sustentar ela e o filho, uma mulher que não tem condições de pagar os seus remédios e de um pai que não tem condições de pagar a faculdade da filha; entre outros).
“I am 53%”: A popularidade dos “99%” logo gerou seu contra-meme: o “We Are 53%”; criado por ativistas conservadores que afirmavam, baseados em uma pesquisa de 2009, que apenas 53% dos americanos pagavam imposto de renda. Nesse contra-meme prevalece o mesmo formato, só que, ao invés de histórias tristes, as pessoas escreviam como trabalhavam duro para pagar seus impostos (e ainda acusavam os protestantes do “Occupy” de serem os 47% que não o pagavam).
Problematização:
Podemos chamar de “Occupy memes” a participação amadora que faz um ajuste perfeito com a igualdade e a não-autoridade; sendo que não podem ser considerados como unilaterais. A partir da evolução dos protestos, apareceram diversas opiniões através da postagem de memes e contra-memes (esses chamados contra-memes nada mais são que uma “crítica”, geralmente voltada à zoeira, sobre um determinado meme).