Origem
Muitos não sabem, mas o termo “meme” surgiu muito antes da internet. Na verdade, quem cunhou o termo foi Richard Dawkins, ainda na década de 1970, em seu livro O Gene Egoísta. O etólogo e biólogo evolutivo se utiliza do termo para fazer uma analogia ao gene em um dos capítulos do seu livro. Para o autor, a evolução humana não depende apenas de nossa bagagem genética (nossos genes) mas também, depende de uma bagagem cultural e, para que o termo se aproximasse do primeiro em questão de fonética, ele se utiliza da palavra “mimeme" (do grego, imitação) e retira apenas a primeira sílaba.
De acordo com a definição de Dawkins, um meme poderia ser qualquer ideia, comportamento ou tendência que tem a capacidade de transmitir-se de pessoa para pessoa através da imitação ou da nossa herança cultural. Por isso, o conceito de deus, a música parabéns para você e até a moda, são utilizados pelo autor como exemplos de memes.
Difusão e Repercussão
Atualmente, o termo “meme” foi ressignificado até virar o que conhecemos como o meme de internet. No meio virtual qualquer imagem, vídeo, bordão, hashtag ou áudio está sujeito a virar um meme, basta que os usuários se apropriem e façam alterações na mídia original.
Gênero & Formatos
Nem Dawkins, o grande pai dos memes, conseguiu fugir de sua criação, virando ele próprio um meme de internet.
Seus memes geralmente satirizam a banalização do termo e trazem, principalmente, frases onde ele “corrige” os usuários de comunidades virtuais ou mostra-se decepcionado com a interpretação que as pessoas tiveram a partir do seu conceito original. Alguns poucos exemplos encontrados também brincam com sua visão radicalmente ateísta.
Os memes do Dawkins funcionam no formato de image macro – com a tradicional fonte Impact branca e outline preta – e alguns trazem referências de outros memes famosos como o Hipster Glasses e o Scumbag Steve.