Origem

“O jardineiro é Jesus e as árvores somos nós”, assim tentou declamar, em um trecho de uma música, Zé Maria que, em 2006, investiu para gravar um álbum gospel. Como não era cantor, o dono do estúdio que realizou a gravação do álbum, Rafael Altério, sugeriu que Zé Maria se limitasse a declamar algumas frases entre as músicas. No entanto, como relatou Rafael em entrevista ao Programa do Jô, em 2008, o sujeito teria encontrado uma certa dificuldade ao pronunciar o referido trecho, repetindo por diversas vezes “As árveres somos nozes”.

De posse do material, uma das sócias do estúdio, Gabo Nunes, junto a uma amiga cineasta, Roberta Cunha, utilizaram as tentativas do empresário como trilha sonora de um desenho esboçado por elas próprias. A ilustração, que propositalmente, parece um desenho feito por uma criança, contém, dentre outros elementos, uma árvore com nozes que caem como frutos. O vídeo, que pode ser visto abaixo, foi inscrito no festival “Quick Flick World”.

Disseminação e Repercussão

Com quase dois milhões de visualizações no YouTube, o vídeo viralizou e, em 2009, foi transformado em CD. O nome do meme também foi utilizado pelo GreenPeace, que mantém, desde setembro de 2018, o podcast “As árveres somos nozes”.

Sendo noticiado por diferentes veículos e portais, o meme também foi transformado em jogo homônimo – cuja missão é usar a “motosserra do retralhador para derrubar brotinhos ” –, em um produto de uma loja de animais e como estampa de camisetas.

De lá para cá, o meme também apareceu na série de animação estadunidense “(Des)Encanto”, além de ser revivido, em 2021, pela Emissora Record, que entrevistou Zé Maria, mostrando um pouco da sua vida atual.

Gênero e Formatos

O meme “As árveres somos nozes” pode ser, primeiramente, classificado como uma catchphrase, uma vez que o trecho narrado por Zé Maria é repetido como um bordão, uma frase marcante. Além disso, há uma série de montagens que colocam a frase em questão como legenda sobreposta a imagens de árvores, constituindo, assim, um Image Macro. O formato Exploitable também pode ser visto a partir de montagens iconográficas.