Origem

Os memes que surgem em eventos esportivos mundiais podem ter circulação durante todo o período da atração em diferentes culturas, devido à transmissão internacional que, por exemplo, uma Olimpíada ou Copa do Mundo possui. Em 2012, na Olimpíada de Londres, não foi diferente. Com o Twitter em seu auge e a quantidade de memes crescendo dia a dia, esse evento ficou marcado por seus excelentes derivados meméticos, sendo um dos mais populares no Brasil o “Olimpíadas ou Pornô Gay?”.

Esse meme surgiu quando os usuários de redes sociais notaram que, em esportes onde os homens usam apenas sunga (tais como a natação, o salto ornamental e o polo aquático), a tarja que costuma aparecer na parte inferior da tela e que contém informações como o nome do atleta, país e pontuação omitia, por vezes, uma parcela vital para a compreensão daquela cena em particular; gerando várias interpretações de duplo sentido por parte dos telespectadores.

Um leque de situações hilárias foram capturadas e a brincadeira era adivinhar se aquela cena era originária das Olimpíadas em si ou de algum pornô gay.

Gênero & Formatos

Segundo a classificação feita por Gabriela Zago, existem três diferentes formas de se apropriar de uma imagem em um jornalismo de rede, que se utiliza da “cultura remix" para fazer piadas nas redes sociais: Manipulação de Imagem, Justaposição de uma Imagem em outros Cenários e Imagem Inalterada com Acréscimo de Legenda. Porém, nesse caso, vemos uma falha no padrão e podemos, inclusive, apontar uma quarta categoria, onde a imagem é capturada e, sem sofrer nenhuma alteração, torna-se parte de uma “cultura remix", pois seu sentido foi reapropriado.
Dentro dos memes esportivos, podemos classificar o “Olimpíadas ou pornô gay" como um meme originário de um evento factual. Esses memes tratam de assuntos instantâneos – aqueles que são realizados durante um evento -, caindo no esquecimento e/ou sendo resgatados, apenas, quando o mesmo acontecimento volta a ocorrer.

Difusão e Repercussão

A circulação dos memes esportivos vem do consumo televisivo associado à segunda tela, que está ganhando cada vez mais força em diálogos com casos factuais, como, por exemplo, eventos esportivos e debates políticos. Tal fato acaba por transformar em notícia a própria reverberação de um acontecimento.