Rolezeiras

Origem

No ano de 2013, os “rolezinhos" viraram febre em várias cidades do país, especialmente na grande São Paulo. Grupos de jovens, que se identificavam com a cultura do funk, promoviam encontros -conhecidos como “rolês”- em parques, estacionamentos e shoppings. Esses eventos, criados e difundidos nas redes sociais, reuniam centenas e até milhares de adolescentes, os chamados “rolezeiros”.

Nesse contexto, em um rolê no Parque Iberapuera, no início de 2014, o portal UOL realizou um vídeo de entrevistas com alguns rolezeiros para esclarecer o que eram, para que serviam e como os rolezinhos eram vistos pela população. Com a viralização da entrevista, diversos trechos dos depoimentos acabaram se difundindo amplamente na rede. Além disso, as gírias, bordões e “vestimentas típicas” dos rolezeiros se popularizaram e viraram memes fortíssimos dentro e fora da rede.

Entretanto, o vídeo e os depoimentos mostraram que os rolezinhos não eram muito bem vistos pela sociedade. Inúmeros foram os casos em que lojas fecharam suas portas (“E ae, vamo fechar?") e shoppings ativaram seus sistemas de segurança por medo de arrastões. Além disso, diversos comentários negativos surgiram na rede criticando o comportamento, o linguajar e a cultura dos rolezeiros. “Isso aí é mó ideia errada!"

Gênero & Formatos

Os memes dos rolezeiros são bastante diversos: aparecem tanto em formato de gifs e “Image Macro" (imagens legendadas) quanto em redublagens e paródias do vídeo original. Há também adaptações dentro e fora da rede dos catchphrases (falas, gírias e bordões) a contextos, grupos e fandoms específicos, como em “Nós somos evangélicas", “E aí, vamo lacrar?" e “Eu dou gratidão em tudo quanto é post que tem".

Gramática & Sintaxe

Tanto no vídeo original quanto nos memes derivados, diversos erros de concordância verbal e nominal são observados. Entretanto, a “correção” desses erros anula a essência dos memes, já que o intuito da fala e das legendas é de se manter o mais próximo possível da oralidade e do linguajar dos rolezeiros. Desse modo, mesmo quando os bordões e memes do vídeo sofrem variações, busca-se sempre uma linguagem informal para se manter uma certa “fidelidade" ao espírito do vídeo original.

Difusão e Repercussão

Desde o lançamento do vídeo, os memes dos rolezeiros são muito utilizados e difundidos pela população: eles são vistos em inúmeras plataformas, tais como YouTube, Facebook, Twitter, etc. Além da aparição online em fotos e vídeos, os memes também têm grande recorrência de uso offline através de gírias e looks, por exemplo. Desse modo, podemos observar que os memes rolezeiros repercutem desde 2014 nos mais variados gêneros e formatos e não têm previsão de caírem em desuso tão cedo.

Ficha técnica

Criador(a)
Desconhecido (a)
País de Origem
Brasil
Período de Circulação
2014
Plataforma
Facebook, Twitter, YouTube
Formatos
Catchphrase, Exploitable, GIF Animado, Image Macro, Metameme, Vídeo de Paródia, Viral
Mídia
Imagem, Vídeo
Referências
Entrevista com as rolezeiras do Parque Ibirapuera pelo Portal UOL

Exemplos Notáveis

Sobre o(a) curador(a) desta coleção
Isabela Marilac
0 entries
0 comments
Name
Isabela Santiago
About / Bio
Nesse verão Isabela Marilac decidiu fazer algo de diferente: decidiu fazer parte da equipe do #MUSEUdeMEMES. Isabela é graduanda em Estudos de Mídia na UFF e sonha em um dia poder curtir o verão maravilhoso da Europa tomando uns bons drinks em sua piscina. Enquanto esse dia não chega, Isabela foi bolsista de extensão pelo projeto #MUSEUdeMEMES, atuando na área de Social Media. E ainda disseram que ela estava na pior! Se isso é estar na pior, porr*! Que que quer dizer estar bem!
Prev Post

A Meta

Next Post

Dilma Bolada

Logo

About Us

Get Consultation

Contact Us