A política dos memes e os memes da política
A exposição “A política dos memes e os memes da política” foi inaugurada no dia 18 de maio de 2019 e ficou em cartaz até 29 de setembro do mesmo ano, no Museu da República, Palácio do Catete, Rio de Janeiro. Organizada e curada coletivamente por pesquisadores do projeto #MUSEUdeMEMES da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Museu da República, ela foi resultado de uma ampla pesquisa pelo universo dos memes de internet, e buscou estimular uma reflexão a respeito do papel que os memes políticos e sobre a política desempenham em nossa sociedade. O lançamento contou com uma visita guiada pelos curadores e integrou também a programação da Semana Nacional de Museus. A atividade integrou o Simpósio+Exposição #MUSEUdeMEMES, evento de caráter internacional, que trouxe cerca de duzentos pesquisadores nacionais e estrangeiros para discutir os memes de internet.
Ocupando quatro salas do Museu da República, o antigo Palácio do Catete, que foi sede do poder executivo até a década de 1960, a exposição “A política dos memes e os memes da política” fez um passeio pela relação entre os memes e a propaganda política e eleitoral, discutindo o caráter persuasivo, o humor e o ativismo presente nesses conteúdos. Os memes são normalmente entendidos como uma linguagem própria da cultura digital, e circulam sobretudo no ambiente das mídias sociais. Mas a exposição procurou abordar também a origem do termo e discutiu memes anteriores à internet, como jingles famosos e bordões de políticos folclóricos. Uma sala multimídia inteiramente dedicada ao debate sobre a relação entre memes e fake news complementou a discussão levantando questionamentos sobre a apropriação da linguagem de memes por grupos de interesses e em contexto eleitoral.
A exposição recebeu mais de 5 mil visitantes durante o período em cartaz e foi fruto de um conjunto de ações desenvolvidas pelo Laboratório de Pesquisa em Comunicação, Culturas Políticas e Economia da Colaboração (coLAB) e pelo #MUSEUdeMEMES. Sua realização foi possível graças ao patrocínio da Capes e do CNPq, e apoio institucional do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF (PPGCOM-UFF), e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).