O meme da Irmã Zuleide surgiu e ganhou destaque em 2011, interferindo um pouco no formato que estamos acostumados a entender como meme. Irmã Zuleide é também uma webcelebridade e um perfil “fake", que se popularizou através de redes sociais (como Facebook e Twitter), conseguindo milhares de seguidores que começaram a compartilhar seus conhecimentos irônicos.
Formato
Suas páginas nas redes sociais trazem sempre comentários sarcásticos sobre o cotidiano, utilizando a foto de uma mulher que aparenta seguir a religião evangélica. As páginas da Irmã satirizam o fanatismo religioso, especialmente o protestante.
Hoje, a página oficial de Zuleide tem mais de cinco milhões de curtidas. Isso sem contar com as outras páginas que precederam a primeira, que mantêm vários fãs. No Twitter e no Snapchat, o meme também tem grande popularidade.
O criador da personagem utiliza as redes sociais de várias formas: além dos comentários e posts, também podemos encontrar montagens da Irmã em diferentes lugares.
Problematização
Em 2013, o responsável pela página da Irmã Zuleide foi preso após a dona da fotografia utilizada por ele nas redes sociais denunciá-lo – alegando constrangimento e difamação.
Segundo a verdadeira Irmã Zuleide (que na verdade se chama Edna), o perfil tinha gerado tanta popularidade que estava fazendo com que ela sofresse bullying, levando-a a necessitar de um posterior tratamento psiquiátrico.
Edna trabalha como professora em Campinas e, segundo uma entrevista dada ao G1, ela não estava podendo fazer mais nada em sua cidade, pois a super exposição causada pelo seu perfil falso estava atrapalhando sua vida e seu trabalho.
Embora o DJ Álvaro Oliveira Rodrigues (autor da página) tenha sido detido, as páginas da Irmã continuam sendo alimentadas com frequência até hoje. Após o caso, ele respondeu por constrangimento, injúria e difamação e resolveu alterar o rosto da personagem que hoje é bem parecido com o original, porém claramente alterado em programas de edição de imagem.
É sempre importante lembrar que o Código Civil Brasileiro garante que a pessoa possa proibir a utilização da sua imagem sem autorização nos casos em que aconteçam prejuízos para a sua “honra, boa fama e respeitabilidade”. Porém, existe uma discussão que responde dizendo que a legislação precisa ser equilibrada com os direitos fundamentais de liberdade de expressão e acesso à informação.